Por que balançamos os braços ao caminhar? Você já notou que a mão que vai à frente é oposta à perna que executa o passo?
Perguntas como estas intrigavam cientistas de todo o mundo há bastante tempo. Acreditava-se que o balanço dos braços era um resquício evolutivo de nossos antepassados quadrúpedes.
Aos voluntários foi pedido que caminhassem de um lado para o outro normalmente, depois com os braços presos ao corpo e, por fim, com os braços movimentando-se em sincronia com os passos de cada perna.
Os pesquisadores constataram que segurar os braços enquanto se caminha requer 12% a mais de gasto metabólico do que andar normalmente.
Quando se faz o movimento conhecido como antibalanço, no qual o braço que vai à frente é do mesmo lado que a perna que excuta o passo, é necessário 26% a mais de energia.
Com os resultados, os cientistas conluíram que o movimento dos braços contrabalança o movimento giratório do corpo durante a caminhada, além de suavizar o movimento e diminuir a necessidade de gasto energético.
“Longe de ser um resquício facultativo das necessidades locomotoras de nossos ancestrais quadrúpedes, o balanço dos braços é uma parte integral da economia energética do caminhar humano”, concluíram os pesquisadores.